Quando é chegado o Tempo Intransponível, que descerra sobre o mundo o seu Anel “não passarás”, todos os Signos das Idades são precipitados sobre a Terra, e os antigos Sendeiros confluem todos n’Um Só.
Então, uma Arca é pedida para realizar a Travessia da Aurora -uma Arca de Luz, a serviço da preservação da Vida e da renovação do Mundo.

Uma tripulação de Iniciados é chamada e uma semente da Humanidade é convocada para ingressar na Arca. No seu bojo, velam pelo “Pramantha a Luzir” nos horizontes da Terra, a nova Matesis da raça nascente.
A gestação do Futuro terá assim lugar.


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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Os Harmonizadores Planetários


Os Harmonizadores Planetários são, como iniciados, acima de tudo uma categoria espiritual que existe no mundo, situada a meio-caminho entre a Humanidade e a Hierarquia, formando uma elite natural de aspirantes à Perfeição. São também chamados de Magos Planetários, em função da transformações que operam nas energias mundiais, criando pontes entre elas, geralmente de expressão artística e natureza espiritual.
Embora o tema nunca tenha recebido muita projeção formal ou categorização -à parte serem designados de “Apóstolos” ou “Rishis”-, a sua existência é lógica e natural, sendo especialmente reconhecida nas ordens religiosas e nas organizações iniciáticas.
Na verdade, a questão se integra na própria organização e manifestação da Loja Branca, tal como na sua moderna versão que conflui com o relato dos Arcontes de Platão ou os “Divinos Pastores” que cuidam dos Sete Continentes. Adiante veremos outras acepções deste mito sagrado.
Sabemos então que a Humanidade e a Hierarquia formam polaridades quantitivas e qualitativas, e que entre estas duas categorias existem dois graus de evolução, em função das chamadas duas “Raças ocultas” originais em que a humanidade não evoluiu de fato por não haver ainda uma integração entre os reinos, coisa que somente ocorreu com a chegada de Shambala na Terceira Raça-raiz, na Lemúria. Desde aí é que se contam as humanidades “reais”.
Neste caso, a Humanidade histórica é constituída sempre por muitas pessoas, mesmo entre aquelas evoluídas, as quais correspondem aos mais aptos para servirem de veículo ao Deus-Espírito Santo; ao passo que a Hierarquia está representada por um único e exaltado Cidadão Planetário, fazendo o papel de axis mundi universal e representando nisto à unicidade de Deus-Pai em sua única manifestação mundial. Havendo daí, um “reino” intermédio ou de transição (já que há dois graus entre a Hierarquia e a Humanidade), na forma de uma dada elite espiritual, relacionada então à manifestação cíclica do Deus-Filho.
Ora, um Adepto único não emerge de outra forma que não dentre um grupo de aspirantes a esta luz maior, os quais têm já superado a condição humana corrente, sendo que a um deles é dado realizar esforços especiais -até por questões de Tempo & Espaço-, sendo assim especialmente orientado para conquistar o Graal.
Assim, permanece esta categoria intermediária entre a Humanidade e a Hierarquia, parcialmente humana e parcialmente hierárquica, e que talvez pudesse ser representada na forma de um Centauro, o qual na mitologia grega corresponde quase sempre a sábios e instrutores. Citemos então a nossa obra Antropologia Geral - Sentido & Historicidade do Multiculturalismo (Ed. Agartha, AP, 2008), onde pela primeira vez se trata “tecnicamente” do tema:
“(...) a esfera intermediária (‘elite’) naturalmente combina as duas condições (Humanidade e Hierarquia), caracterizada por uma intensa atividade discipular, criação de ordens e hierarquias, e após isto (orientação de) lideranças, governos e Estados. São aqueles que (denominados em Teosofia ‘os Servidores do mundo’ e) trabalham a serviço direto da hierarquia, para que a luz divina chegue à humanidade, buscando a um só tempo servir de canal para a Verdade, e organizando o mundo para ser também o seu veículo. É o papel de Mercúrio, de unir céu e terra, associado variavelmente aos graus 3°, 4° e 5°.” (pg 180).
Podemos representar então esta função através do Arcano Maior I do Tarô, chamado “O Mago”, acima, em sua função de unir o superior ao inferior mediante operações mágicas com os elementos da Natureza, cuja forma geral reproduz também (em alguns Tarôs mais do que em outros) o traçado da primeira letra do alfabeto cabalístico hebraico, o Aleph, também acima.
O Aleph comporta quatro Iods (letra-semente de valor 10) em movimento, formando uma cruz em X, como na tau antiga.
Algumas classificações têm sido historicamente dadas destas hierarquias intermédias, atuantes geralmente como auxiliares da Hierarquia. Na Índa se falava das manifestações coletivas dos rishis na época do Manu ou do Buda, como realmente se verificou acontecer em muitas partes do mundo, e na verdade não somente na Eurásia, porque a própria cultura pré-colombiana (especialmente a do México mesmo) foi fecundada ali -no caso, a partir de influências e interferências da tradição chinesa, como demonstram as similitudes artíticas e míticas, além dos relatos lendários.
Na época de Jesus se compôs um grupo especial de Apóstolos, que não casualmente eram em número de doze, para simbolizar a natureza do ciclo em questão (de natureza astrológica) e ainda caracterizar a totalidade da expressão humana -e tudo isto conflui com o símbolo citado do dodecaedro. Antes disto, o Buda teve os seus discípulos mais próximos, e depois durante a Idade Média se criou a lenda de Camelot, onde os cavaleiros de escol do Rei Arthur sentavam-se em torno da Távola Redonda.
Hoje em dia, neste contexto de preparação da Nova Era, se fala também dos (Novos) Servidores do Mundo, aquelas pessoas especialmente atentas aos passos da evolução, que recebem cedo o Chamado em suas vidas e as consagram na busca e na construção do Amanhã.
Contudo, a suposta delegação universal de Arcontes nos postos máximos de Unificação Vicária (como aparece na formulação teosófica da hierarquia planetária, por exemplo), seja ou não simultânea, é coisa sempre problemática -ao menos em termos de manifestação terrena, porque de outro lado, estes Asekhas podem ter conexões com uma Hierarquia Chohânica atuando nos planos internos.
Por isto atribuímos esta tarefa na verdade aos próprios Harmonizadores Planetários, esta hierarquia média pós-humana, e que hoje estará representada pelos mesmos Asekhas, porém mais “proliferados” pelo mundo. Tal hierarquia se distribui realmente em todo o mundo -embora com destaque para os grandes centros culturais-, daí o símbolo da Távola Redonda. Uma das razões para a ascensão do Adepto Universal ou Vicariato, é a sua colocação espaço-temporal especial, assinalando assim o axis mundi de uma época. Naturalmente, tudo isto resulta formalmente de um pacto sócio-cultural amplo, a partir da revelação e da assimilação dos novos focos evolutivos.
O símbolo geométrico desta condição poderia ser, naturalmente, uma vez mais a pirâmide (como Missão) ou o próprio dodecaedro (como Ordem). Contudo, mais acima a associamos ao símbolo totêmico do Centauro. E agora, como símbolo geométrico desta categoria, iremos também eleger um símbolo composto, bastante tradicional das Escolas Iniciáticas e na Tradição de Sabedoria, que é o da Pedra-em-Ponta maçônica ou mesmo o prestigioso Obelisco egípcio, onde se reúne agora pirâmide e cubo.


Sabe-se então que os obeliscos eram colocados diante dos templos aos pares (como um portal prévio ou quais guardiães), pois a dualidade rege de certa forma esta condição de transição. Simbolizando daí aquilo que existe entre -outra dualidade- o mundo profano e o mundo sagrado, ou entre a própria Humanidade e a Hierarquia.
Quanto ao símbolo maçônico, representa o polimento acabado da personalidade humana, tida como uma pedra bruta e natural, destinada a se tornar porém como uma verdadeira jóia, sob a influência do divino Lapidador em suas várias formas de expressão: interna (o Eu superior), hierárquica (o Mestre) e divina (o Avatar).
Não casualmente, o símbolo se assemelha à forma de uma casa (calli em nahua, bet em hebreu). A casa ou templo representa esta etapa de preparação interior, para se ter acesso oportunamente ao sanctum sanctorum.
Os Harmonizadores Planetarios recebem este título porque intermediam a evolução humana e a evolução hierárquica, fazendo assim uma ponte entre o céu e a terra -sendo nisto um verdadeiro pontifex ou pontífice.
Tradicionalmente, o próprio Vicário Universal é considerado o Pontifex Maximus. Nesta posição, o Asekha (mestre de quinto grau) harmonizava as realidades humanas entre si, em termos de cultura, classe, raça e religião, gerando interação entre elas.
Hoje em dia, porém, quando se começam a multiplicar sob a égide da evolução hierárquica (com alguns deles também ascendendo), se acrescenta uma nova tarefa, que é a de intermediar entre a humanidade e as altas Determinações cósmicas dos Novos Adeptos, que são os Chohans.
Cabe então demonstrar a evolução destes Harmonizadores mundiais através dos tempo, e para isto reproduzimos um quadro existente em Antropologia Geral - Sentido & Historicidade do Multiculturalismo (pg. 177):

Quadro Estrutural das Raças-raízes & Ashrams
Raças-Raízes ....... Mínima .... Média .... Máxima
............................ Humanidade Comum Hierarquia
3° Raça (Lemuriana) 1° grau 2° grau 3° grau
4° Raça (Atlante) 2° grau 3° grau 4° grau
5° Raça (Ariana) 3° grau 4° grau 5° grau
6° Raça (Americana) 4° grau 5° grau 6° grau

Assim, percebe-se a evolução paralela dos Harmonizadores na coluna central. Na citação anterior coloca-se, porém, acerca do “papel de Mercúrio, de unir céu e terra, associado variavelmente aos graus 3°, 4° e 5°.” Na coluna acima inclui-se também o segundo grau, mas cabe notar que a Hierarquia ainda não estava propriamente manifestada (coisa que somente aconteceu na Atlântida, que por ser espiritualmente quaternária pode manifestar uma Hierarquia representativa deste ciclo cósmico), de modo que as interações com a humanidade estavam imperfeitas ainda, não obstante em relação aos próprios Harmonizadores elas andarem então mais avançadas.*
Percebe-se também que, se houvesse uma sétima raça-raiz, o deslocamento do Asekha (5o grau) alcançaria a própria Humanidade. Isto não irá, contudo, acontecer nestes termos, porque neste momento a ronda seguinte já estará em curso (na verdade, iniciando já em meados desta sexta raça), incorporando toda uma situação cósmica na qual esta condição será Fundadora. O Asekado será a meta universal do mundo espiritual futuro, tal como o Arhatado (4a Iniciação) é a meta universal do presente mundo humano de evolução.
Considerando as humanidades como uma expressão de quatro estruturas chamadas raça, cultura, classe e religião, existe na organização das raças-raízes uma estrutura atávica, uma estrutura atual e uma estrutura emergente. Os Harmonizadores Planetários atuam sempre diretamente sobre a questão atual.
Contudo, cada novo Harmonizador acumula as conquistas anteriores, forjando esquemas-de-síntese para trabalhar com o conjunto das energias disponíveis, realizando verdadeiros inventários simbólicos do universo formado.

A excelsa realidade dos Harmonizadores Planetários, comporta, finalizando, a chave para explicar a razão de porque uma condição que por muito tempo era única e exclusiva, a partir de certo momento se torna múltipla e recorrente, embora não exatamente massiva ou humana. Tudo isto explicaria melhor o mistério dos rishis, os quais se podem considerar como a colheita dos Adeptos de todo um curso histórico racial, e que retornam daí no seu último momento de transição para tomarem uma nova iniciação e seguir doravante nesta condição, neste ou em outros mundos, já que as estruturas evolutivas de um planeta comporta os seus limites e, além disto, nem é necessário a retenção de todos os iniciados num planeta para tratar da sua evolução.
A chegada do Avatar corresponde ao grande momentum em que este grupo de exaltados Adeptos pode dar um salto além, em qualquer dos Sendeiros que se possa porventura eleger para dar prosseguimento à sua evolução. Esta clássica visão esotérica, apresentada pelo Tibetano nos ensinamentos da Escola Arcana de Alice A. Bailey, trás uma explicação da multiplicidade de exaltados expoentes da Sabedoria universal nas épocas avatáricas. Por isto, desde os dias do Antigo Egito, uma das orações mais sublimes existente no “Livro dos Mortos”, reza que os “mortos” (palavra expressiva que, para os atlantes, significava os iniciados) aspiram por “estar na barca de Rá quando chegar o seu dia”.
Segundo a tradição mexicana, a grande Congregação dos Adeptos (ou Reunião Agarthina, no dizer de S. R. de la Ferrière) que coordenou a eclosão do Quinto Mundo, aconteceu em Teotihuakan ou “A Cidade dos Deuses”, no Planalto Central mexicano. Esta sempre enaltecida Cidade sagrada, oriunda quase dos primórdios da antiga civilização mexicana e da qual todos os grandes povos nahuas se pretendem sucessores, era ocupada por um misterioso povo que a ciência não alcança todavia identificar. Uma das razões disto, é que certamente ele também era “um povo tirado de muitos povos”, trazendo em si a marca do universal, legitimando assim a sua proposta de renovação mundial, a partir do Acordo ou do Pacto consensual entre todas as grandes correntes espirituais. Pacto este que estava em favor da geração de um novo contexto cultural planetário, numa grande congregação de Harmonizadores Planetários reunidos, em nome do serviço universal -porque participar de uma elite não deve implicar em atuar com elitismo. Pois esta é a única forma pela qual pode realmente chegar a nascer um Novo Mundo, e ainda fazer o Velho Mundo renascer de suas cinzas.
A Cidade do Sexto Sol já está escolhida, agora no Planalto Central brasileiro, e apenas aguarda a chegada de todos os Novos Adeptos para dar lugar ao Sexto Mundo de evolução racial,-também chamada “a Raça Olímpica” no dizer de Cedaior, aquela no qual “os deuses serão ressuscitados” no dizer da própria tradição nahua.

O universalismo dos novos Harmonizadores

Existe contudo, um fator capital nesta hieraquia de Adeptos, que desde a Aryavartna vem acumulando glórias-sobre-glórias. Inicialmente, eles representam -e quase literalmente falando- o próprio futuro da humanidade ou do planeta Terra, na sua próxima grande evolução cósmica. Assim, a humanidade deve neles se espelhar para evoluir e se auto-transcender, coisa esta capital para que a Terra se torne um lar seguro para todos os seus filhos, e possa cumprir daí o Propósito divino.
Outra coisa muito importante de ser posta é que, por direta afinidade vibratória, estes novos Harmonizadores é que serão os receptivos diretos das glórias do Quinto Senhor -Maitreya, chamado o Quinto (Adi) Buda no Budismo. Ali se refletirá o cinco menor no Cinco Maior, cumprindo-se a oração-profecia “assim na Terra como no Céu”.**

“O Cinco Maior se refletirá no cinco menor”

Um grupo reunido destes Adeptos em torno do Chohan, realizando trabalhos de invocação e atividades de ascensão, poderá tratar de invocar ao aguardado Quinto Senhor. Ou inversamemnte, este poderá suscitar uma hoste de Adeptos mediante inspiração e iluminação na ocasião da Sua Vinda.


* Por outro lado, na divisão iniciática 3x3 de Alinhamentos (Árvore Sefirótica, etc.), o 4o grau integra realmente o segundo grupo ou “Alma”, característico da esfera da Hierarquia.
** Numa classificação budista mandálica do ciclo mundial (um pouco distinta da ótica teosófica), como sugere o esquema dos Dhyani Budas, Maitreya também pode ser considerado como o Quinto Dhtani-Buda, Manu ou Avatar Solar.

Da obra "Harmonização Planetária", LAWS, Capítulo 5, Editorial Agartha.

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