Quando é chegado o Tempo Intransponível, que descerra sobre o mundo o seu Anel “não passarás”, todos os Signos das Idades são precipitados sobre a Terra, e os antigos Sendeiros confluem todos n’Um Só.
Então, uma Arca é pedida para realizar a Travessia da Aurora -uma Arca de Luz, a serviço da preservação da Vida e da renovação do Mundo.

Uma tripulação de Iniciados é chamada e uma semente da Humanidade é convocada para ingressar na Arca. No seu bojo, velam pelo “Pramantha a Luzir” nos horizontes da Terra, a nova Matesis da raça nascente.
A gestação do Futuro terá assim lugar.


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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Argonautas dos rios celestes


Somos todos argonautas dos rios celestes, nós que buscamos a senda da iniciação. Porém, alguns são simples marinheiros, outros são experientes comandantes, e existem também os passageiros de diversas categorias. A Arca de Noé simboliza a mesma coisa, e os tempos que começam são de revelação e de sínteses, preparando a gestação do Futuro, na restauração das grandes sínteses da Idade de Ouro.
Todos temos as nossas experiências e opiniões, e é claro que elas têm valor. Porém, não cabe confundir a nossa própria caixa de experiências com a Verdade, porque elas seriam no máximo aspectos desta Verdade, a qual é síntese e especialmente matese (“projeto”, baseado no “conhecimento total”), que apenas tem acesso os especialistas nos assuntos que a eles se dedicam em tempo integral e com vocação segura.
Assim, quando buscamos a Verdade, cabe conhecer acima de tudo a visão daqueles que têm se sacrificado e se esforçado, por vezes até além dos limites humanos, para adquirir uma visão realmente apurada das coisas, com estudo, serviço e inspiração, assim como isenção e impessoalidade. Não é por nada que os grandes seres têm renunciado a tudo, como um preço para chegar a Deus.
Nisto, um dos grandes sábios do Século XX, René Guenon, expert na Sabedoria Tradicional e reconhecido mundialmente (sem exceções), afirmou com sua arguta visão que os nossos tempos serão conhecidos no futuro como um dos mais tenebrosos que a humanidade já viveu. Esta é a visão de quem consegue se transportar razoavelmente para uma Idade de Ouro, onde reina a harmonia e o equilíbrio de valores. E ele colocou isto já no começo do século XX, baseado não apenas na observação das coisas, como também na Ciência dos Ciclos, como aquela que fala que vivemos a Kali Yuga, Idade Negra.
Pouco importará o nosso “Admirável Mundo Novo”, se ele não puder fazer nada pela Alma –embora certamente venha a oferecer todo tipo de paraíso artificial, legal ou não. Não se pode acreditar numa Medicina que não prime pela prevenção. Acreditamos na cura natural e espiritual, porém tais coisas estão diretamente ligadas à iniciação espiritual. A Ciência será admirável, quando puder ajudar o ser humano a despertar para o espírito, mas quase tudo aponta para o contrário. O ritmo da mudança de paradigmas é pífio e insuficiente, Protocolos ambientais emergenciais fracassam todo o tempo, já desde a Rio 92. A prioridade é a “Economia” -como se o sistema fizesse alguma economia de recursos naturais, levando ao mundo cada vez mais para o abismo...
A própria Ciência clama todo dia que o panorama da Terra é sombrio, que nem todo esforço por mudar irá evitar um grande caos ambiental. Procuremos entender isto: é mesmo inevitável que o ser humano chegue ao “fundo do poço”, até porque a humanidade como tal não possui tendências para o equilíbrio, e porque somente dali ele poderá começar a subir: chaos ab ordo. Como um enfermo qualquer, lá ele conhecerá a dor, reconhecerá os seus limites e pedirá ajuda do Alto, e quando relembrar que deve atuar em conjunto com as forças espirituais manifestadas, então sim ele começará a ascender. É a velha lição bíblica do Dilúvio, que se repete a cada ciclo racial. Por isto o novo Dilúvio virá, e devemos estar preparados para ele, não estocando alimentos, mas sabendo como orientar as pessoas para as novas coisas. Para quem tem instrução superior, “por a mão na massa” sempre faz alusão à massa humana.
Apenas uma revolução cultural definida e com agentes organizados, poderá mudar este quadro, tratando de trazer realmente os novos valores coletivos. Dizemo-o porque sempre foi assim e sempre será. A chave tradicional é a união, uma premissa sociológica que os místicos e os ecologistas tardam todavia em assimilar, em parte porque muitos são fisgados pelo vírus do anarquismo, que destrói a ordem e a evolução social. A utopia é como uma droga, quando perde o compasso do realismo do aqui-e-agora. Mas neste ponto, temos recebido até um calendário muito exato sobre a evolução da nova raça-raiz brasileira..!
Procuramos sempre falar sobre “profissionalismo”, com base na vocação. Uma das grandes chaves da evolução, está em assumirmos aquilo que somos, nossas grandezas e também os nossos limites. Ao mesmo tempo, fazer o mesmo em relação ao próximo. Somente assim podemos trocar aquilo que temos de excelente, e todos sairemos altamente beneficiados. Do contrário, ficaremos sempre como ilhados, e imensamente empobrecidos. Ninguém pode pretender ser “ótimo” em muitas coisas.
Existem dois tipos de gente que busca os Mistérios: aquela que têm um grande coração, e aquela que é ambiciosa. O desafio do bom senso, é a tendência ao receio diante das coisas grandes, e isto pode levar às vezes a confundir o meio-do-caminho com o caminho-do-meio. Por isto, é importante buscar inspiração para chegar a viver o incomum, não por alguma obsessão pelo assunto, mas porque os tempos chegados exigem realmente respostas especiais. Virá muita dor e confusão, e com isto também as oportunidades de mudança a partir de um sólido ancoramento. Não que o “sistema” vá quebrar em bloco e em definitivo, haverá uma série de crises isoladas e o homem seguirá se “adaptando”, não necessariamente mudando, o que é garantia que as coisas se agravarão ainda mais, até que algo definitivamente grave aconteça de forma mais ou menos permanente, ou seja, tudo como num organismo qualquer.
Nada é por acaso, as correntes se juntam, e sem dúvida algo de muito importante e grandioso poderá nascer de tudo isto. Como numa sinfonia, cada agente isolado é fraco, quase inaudível, mas todos juntos são poderosos. Até um mundo conturbado pode se deter ante uma grande sinfonia. Um grupo organizado é capaz de mudar o mundo, a depender das idéias que o anima. Certamente existem coisas pontuais a serem feitas, e certos conhecimentos sempre merecem ser tidos como sagrados, por abrir chaves e trazer respostas universais.
Observando a mística new age, é natural certo ceticismo a respeito. Porém, as coisas evoluem, e uma das questões mais importantes sobre o 2012 (alvo de profecias tradicionais), está justamente no amadurecimento da espiritualidade e nas sínteses que esta data tende a trazer. A partir de indicações de diversos autores, e apurando ainda mais as coisas, tem se demonstrado a importância do Brasil nisto tudo. O novo momento apresenta uma ênfase nas Tradições, e mesmo na renovação do espírito tradicional, de integração e universalismo. Assim, muitas vezes é tudo uma questão de prestar atenção. As oportunidades podem estar ao nosso lado. As “experiências” e informações são para ser trocadas, sobretudo as melhores delas.


Da obra "Vivendo o tempo das Profecias", LAWS, Ed. Agartha

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