Quando é chegado o Tempo Intransponível, que descerra sobre o mundo o seu Anel “não passarás”, todos os Signos das Idades são precipitados sobre a Terra, e os antigos Sendeiros confluem todos n’Um Só.
Então, uma Arca é pedida para realizar a Travessia da Aurora -uma Arca de Luz, a serviço da preservação da Vida e da renovação do Mundo.

Uma tripulação de Iniciados é chamada e uma semente da Humanidade é convocada para ingressar na Arca. No seu bojo, velam pelo “Pramantha a Luzir” nos horizontes da Terra, a nova Matesis da raça nascente.
A gestação do Futuro terá assim lugar.


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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os Planaltos na Evolução da Cultura


Ao lado: o Potala tibetano como "colina primordial"

Vivemos num mundo em grandes transformações, e seria muito importante relembrar condições semelhantes que o nosso planeta tem já atravessado no passado. Talvez a História não registre mais objetivamente estas situações, em parte pela sua sutileza, em parte pela antiguidade. As catástrofes naturais que assolaram as culturas primitivas, podem muitas vezes quase passar por fenômenos naturais -os desertos, por exemplo, são muitas vezes marcas da ostensiva ocupação humana que se confundem com as alterações climáticas do planeta. Contudo, se adentramos no território da lenda e do mito –assim como da profecia-, já encontramos farto material para a nossa reflexão. O mito está para a Antiguidade, assim como a História está para o homem moderno. A mitologia é o repositório memorial das sociedades antigas, apoiada pelas Artes tradicionais: arquitetura, escultura, religião, etc.
O mito da submersão da Atlântida, que conflui com a difusa “tradição” do Dilúvio universal, possui reflexos científicos nas glaciações, porém os registros insistem que haviam elementos culturais paralelos, tal como a poderosa magia atlante que, conluiada com os poderes militares, trouxeram um caos completo para aquela antiga civilização. Nisto, também teria havido grandes guerras entre os reformadores e os conservadores da religião e da magia.
Aquilo que de mais seguro temos a respeito da Atlântida é o mundo pré-colombiano, cujas realidades ainda estão saindo dificultosamente do solo onde foram sepultadas. Neste contexto, alguns Centros se destacam como ápices destas grandes Civilizações. Cabe mencionar então Tiwanaku no altiplano boliviano e Teotihuakan no Anahuac ou o planalto central do México. Com uma cultura mais preservada e uma escrita melhor desenvolvida, os mexicanos legaram muitas informações sobre o seu passado. Além da grandeza desta “cidade dos deuses” (ou Teotihuakan), teceram-se formosas lendas a respeito do seu papel histórico. Pouco se sabe na prática sobre este povo, apesar da grandiosa cidadela legar muitas informações que, de resto, caem amiúde na ignorância geral quanto ao seu significado.

TEOTIHUAKAN: Planalto Central mexicano

Uma famosa lenda local, fala que o “Quinto Mundo” teve início nesta cidade através da reunião dos deuses que ali se congregaram para deliberar sobre as Novas Coisas. Mais que um episódio isolado, tal coisa soa a um paradigma. O sábio francês S. R. de La Ferrière afirmou que Agartha é, entre outras coisas, uma Assembléia de Altos Iniciados, numa Pactuação cultural de significado transcendente para uma região, de início, e com o tempo para todo o planeta.

TIWANAKU no altiplano andino (no Portal, o Ícone do “Frade” -ver adiante)

O simbolismo antigo aponta nesta direção. Na mitologia egípcia havia uma cultuada lenda sobre a ‘Colina Primordial’, habitada pelos iniciados ou pelos deuses ao modo do Olimpo. “A Colina sagrada representa daí a própria organização original do mundo, saído do Caos da indiferenciação, que é a cultura-de-massa inerte e involutiva.” Pois o dilúvio é também a cultura-de-massa que grassa nas planícies. Somente quando a Nave do conhecimento alcança o Ararat, é que um novo momento pode surgir para a Terra. Então se realiza uma nova aliança entre Deus e a humanidade, tendo como elo a Hierarquia simbolizada pelo arco-íris. Este é o grande ensinamento da Alta Cultura Planaltina e o objeto da presente matéria.

BRASÍLIA: Planalto Central brasileiro

Simbolismo geográfico

Egito, México, Andes, Himalayas, Grécia, Brasil... Existe uma tradição mundial que valoriza os planaltos como ambientes da cultura superior, isto é, do espírito-de-síntese que busca reunir as instituições. Em si mesmos os planaltos simbolizam uma condição central, um caminho-do-meio entre o céu e a terra, ou entre o materialismo e o ascetismo, como de fato tende a suceder nestes ambientes.
Os planaltos também se relacionam aos interiores. Por muitas razões, a cultura litorânea-e-de-planície tende ao materialismo, e a cultura interior-e-de-altitude tende à espiritualidade. Neste contexto, os planaltos representam o meio-termo. Tendo as suas naturais dificuldades, os Planaltos selecionam as almas e atraem comumente aquelas pessoas que têm valores, que saem na busca de algo novo para si e para todos. Os Planaltos não são tanto um destino, mas uma Escolha consciente.
Na simbologia tradicional, as montanhas representam o ambiente da divindade, por isto elas são a morada de Shiva (Deus-Pai dos cristãos), o deus dos ascetas, sendo também uma fonte original de conhecimento e de revelação. No outro extremo, as planícies são o meio humano por excelência, ali onde grassa o materialismo, muito embora a Humanidade e a Civilização também possam e devam ser organizada em termos evolutivos, tarefa esta atribuída a Brahma (o Deus-Espírito Santo dos cristãos), o deus da Criação. Para isto ser possível, existe a meio-termo a Hierarquia, a “Loja Branca” dos Mestres, cujo ambiente ideal são os planaltos, ali onde são revelados os Cânones da cultura superior, e a revelação do Amor divino, que é a tarefa de Vishnu (o Deus-Filho dos cristãos). Por isto, no Esoterismo trabalhamos com três Centros com os seus respectivos pólos geográficos:

1. Shambala ou a Divindade, o Centro donde a Vontade de Deus é conhecida;
2. Agartha ou a Hierarquia, o Centro onde o Amor de Deus é conhecido;
3. Duat ou a Humanidade, o Centro onde o Conhecimento de Deus é conhecido.

Entre estes Centros podem chegar a existir verdadeiros eóns de distância em termos de evolução, mas aquele que é mais avançado sempre ilumina os caminhos daquele que vem depois.
A Hierarquia formula instituições superiores e faz uma ponte entre o céu e a terra, pois a verdadeira Civilização é a arte de organizar o mundo de modo a se manifestar o amor entre os homens, o respeito à Natureza e a devoção a Deus mesmo. A Hierarquia é detentora regular de Ciências iluminadas de harmonização cósmica, as chamadas “Ciência do Destino” que auxiliam com que cada reino alcance a sua superior destinação na economia da evolução.
Desde modo, no entorno da Hierarquia se organiza uma raça-raiz, que é uma humanidade voltada para os valores da Alma. A grande característica da Idade de Ouro é a associação íntima entre a Divindade e a Humanidade através do elo da Hierarquia. Ali os mestres inspiram o povo e os profetas norteiam os governantes. Com isto, e apenas assim, a humanidade alcança dobrar os graves desafios das curvas da História. Tal coisa não representa “abrir mão” do livre-arbítrio, mas sim reaprender a realizar as opções corretas, que é o único caminho de salvação para a Humanidade. Mas para isto ser possível, ela necessita poder contar com paradigmas, que é o tema a seguir

Uma Nova Criação

Podemos dizer que a idéia da recriação periódica do mundo, na ocasião da Fundação das raças-raízes, se concentra na idéia do novo Modelo Antropológico a ser implantado ali. Como um reino mais avançado, a Hierarquia sabe perfeitamente aquilo que deve ser realizado no plano humano, possibilitando ao ser humano olhar para si e para além de si mesmo. Esta perspectiva maior determina assim um Caminho para a humanidade, na medida em que também lhe interpõe uma Meta a ser alcançada.
Ora, a Hierarquia é aquele Centro histórico sempre mais ou menos associado à Humanidade, que teve início lá atrás quando os primeiros xamãs começaram acidentalmente a grande Aventura do conhecimento interior, levando a humanidade a explorar novas dimensões do Cosmos. Desde então, a Hierarquia tem representado a revelação de novas possibilidades evolutivas para a Terra, e de forma cada vez mais organizada, abrindo caminhos para a evolução cultural humana através de um fértil e iluminador convívio.
Assim, em cada nova raça-raiz, a Hierarquia apresenta uma grande Novidade cultural ao planeta, a partir do avanço das suas próprias iniciações. Foi isto que propiciou a organização da religião superior na raça atlante, alterando radicalmente o antigo quadro xamanista e aproximando os Centros planetários; depois trouxe um conceito superior de civilização através das sínteses de alta intelectualidade árya; e agora também trará a organização de uma sociedade planetária tendo em vista a sua cosmificação.* Desta forma, a cultura mundial vai avançando a passos largos, tendo porém como chave-de-segurança o reconhecimento de que estes avançados Padrões apenas podem ser corretamente conduzidos sob a própria orientação hierárquica.
Para promover tudo isto, a Hierarquia se vale das Artes, das Ciências, das Filosofias e das Instituições –muito embora a Loja dos Mestres não se imiscua pessoalmente na administração destas coisas, limitando-se à orientação e a ensino. Cabe ao próprio homem acatar ou não estas propostas de progresso e de iluminação, tendo a Loja como uma fonte de inspiração e de informação permanente. Contudo, para tal coisa chegar a acontecer, cabe ao próprio povo e especialmente aos “formadores de opinião” promover esta redentora integração, de resto tradicional e essencial em termos históricos, sempre que consideramos os momentos elevados da cultura universal, quando acontece a conjunção entre os Filósofos-de-Estado e os Governantes Sábios, aproximando-se ao modelo ideal de “República” apregoado por Platão. Naturalmente, esta é a única e a melhor forma de sair de crises culturais e de renovar todas as coisas. E no caso das grandes nações surge mesmo como um imperativo, seja como forma de resolver as suas complexidades, seja para levar a cabo a Missão que um grande país inevitavelmente está destinado a cumprir ante o mundo e em seu favor. Tem sido demonstrado que o Brasil é um país que vem se organizando aos moldes de uma raça-raiz, face às sínteses que se realizam em seu meio, assim como pela própria evolução sócio-regional que vem apresentando (ver Os Cronocratores e a Construção da História, Luís A. W. Salvi, Ed. Agartha, 2008, AP).
O Modelo “humano” em vista é então apresentado, com os símbolos devidos às condições almejadas. Estes Ícones sagrados ornam então os locais de culto, como uma lembrança permanente daquilo a que se deve chegar a ser: quer dizer: tornar-se homens verdadeiros hoje, para tornar-se mestres imortais amanhã.
Uma das formas de se referir a isto é como “Harmonizador Planetário”, quer dizer, o dom de harmonizar os Centros constituindo uma cultura-de-síntese. Tratam-se daqueles Altos Servidores conhecidos como Apóstolos, uma Elite que forma o próprio Corpo da Hierarquia, ao passo que esta é encabeçada pelo Ketub (Pólo) de sua geração na posição da Unificação Vicária (ver Harmonização Planetária – As Revelações do Livro de Pedra, Luís A. W. Salvi, Ed. Agartha, AP, 2009, AP). Assim, para a Tradição de Sabedoria, mais importante do que oferecer deuses para adorar, é revelar ícones para cada homem poder se espelhar. Abaixo temos alguns exemplos destas realidades.
Estes ícones -ou antes, Aquilo que eles representam- são pilares de fixação das novas energias, pivôs de ancoramento e de unificação cósmica, unindo céu e terra, daí serem chamados “Harmonizadores Planetários”.

Andes, México, Egito, Tibet e Brasil: a forja iconográfica do Devir

O novo “Ícone Racial” já se acha atualmente instalado na mística cidade de Alto Paraíso de Goiás, no Planalto Central brasileiro, como um elemento norteador para a humanidade na preparação da grande “virada” de 2012, data que os antigos mexicanos determinaram como o final do “Quinto Mundo” aberto em Teotihuakan, através da citada reunião agarthina de Iniciados, sendo então este o começo do “Sexto Mundo”, quando “os deuses voltarão a andar entre os homens” segundo as palavras das antigas profecias nahuas (ver a nossa obra "2012 o Despertar da Terra", Ed. Agartha, 2009, AP)
Corresponde naturalmente à Sexta raça-raiz dos teósofos, na qual emerge a gloriosa Dinastia dos Chohans, os mestres cósmicos, sendo também a Quarta Raça humana de evolução, a se desenvolver nas Américas e tendo como pauta particular os “Mistérios do Coração” –quer dizer, a mesma sabedoria atlante de Amor-e-Ressurreição (Eros & Tanathos) que, antes, se destinava às elites, e agora se difundirá para toda a humanidade através desta nova raça-raiz, trazendo para plano coletivo as Altas Conquistas da Iluminação e das Almas-Gêmeas.
Estes são os portais dimensionais a que se destina a ingressar os Centros doravante:

a. Shambala ................... Quinta dimensão cósmica
b. Hierarquia ................. Quarta dimensão solar
b1. Apóstolos ................. Quinta dimensão solar
c. Raça-raiz ................... Quarta dimensão solar

Tal coisa representará a consumação do ciclo humano de evolução e trará para a Terra um novo momento cósmico, transformando finalmente este mundo num Planeta Sagrado. Nas esferas maiores, a preparação da chegada Quinta Ronda de evolução responsável pela Merkabah ou a Ascensão planetária, será capitaneada pelo Quinto Buda, que é o já aguardado Maitreya.

Da obra “ 2013 - A Cidade Portal", Luís A. W. Salvi, Ed. Agartha, 2007, AP)

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